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Antes de Trump tirar os EUA do Acordo de Paris, Marina manifestou 'grande preocupação' com o ato

Depois que ela publicou a nota demonstrando a preocupação, Trump, de fato assinou o decreto tirando os EUA do acordo climático.

Por Igor Guadagnini em 20/01/2025 às 21:38:03

Foto: G1 - Globo

Depois que ela publicou a nota demonstrando a preocupação, Trump, de fato assinou o decreto tirando os EUA do acordo climático. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou "grande preocupação" com os anúncios do presidente Donald Trump relacionados ao combate às mudanças climáticas, que incluíam a intenção de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris.

Depois que ela publicou a nota demonstrando a preocupação, Trump, de fato assinou o decreto tirando os EUA do acordo climático. Entre outros pontos, o Acordo de Paris tem metas de redução de emissão de gases do efeito estufa na atmosfera para tentar manter o aumento da temperatura do planeta em, no máximo, 1,5 CÂș até o fim do século.

Em nota, Marina afirmou que os primeiros anúncios do governo Trump vão na "contramão da defesa da transição energética, do combate às mudanças climáticas e da valorização de fontes renováveis". A ministra destacou que, apesar de ser esperado pelas promessas de campanha, o desmonte de políticas ambientais e climáticas nos Estados Unidos representaria um retrocesso global.

"O presidente começou a confirmar os prognósticos mais pessimistas sobre os tempos desafiadores que virão", declarou Marina. Ela citou, entre as medidas preocupantes, o fim do Green New Deal, a retomada da indústria automotiva sem prioridade para carros elétricos e a valorização de combustíveis fósseis.

Marina lembrou ainda que o Acordo de Paris, do qual Trump pretende se desvincular, é vital para conter a emergência climática, uma vez que os Estados Unidos são o segundo maior emissor global de gases de efeito estufa. "Nem a própria população dos EUA aceitará qualquer omissão, pois enfrenta no cotidiano os efeitos da emergência climática", afirmou.

A ministra ressaltou a importância da governança climática global e do modelo federativo dos EUA, que permite aos estados adotarem suas próprias medidas. "Será fundamental que a governança climática, hoje mais madura e robusta do que no primeiro governo Trump, crie anteparos para evitar avanços da força gravitacional negacionista", disse.

Marina finalizou pedindo compromisso global e capacidade de negociação política diante dos desafios ambientais.

"Serão tempos desafiadores para o mundo inteiro. Resta enfrentá-los com informação, compromisso com a vida e capacidade de negociação política."

Fonte: POLÍTICA

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